A revelação fotográfica é um processo basicamente químico que transforma as imagens latentes inscritas no filme fotográfico (negativos) em imagens visíveis. Este processo pode ser dividido em cinco etapas distintas.
Numa primeira etapa é utilizado um revelador, solução alcalina, geralmente à base de metol, mas também se pode utilizar a glicina, que por meio de reações de oxidação-redução finaliza a transformação dos halogéneos de prata em prata metálica.
Na segunda etapa é utilizado normalmente ácido acético ou ácido cítrico para interromper a revelação da fotografia, visto que as soluções reveladoras são alcalinas. Caso isto não seja feito o revelador continua a realizar a sua função até a fotografia escurecer por completo. Durante a terceira etapa é utilizado o fixador de tiossulfato de sódio que tem a capacidade de reagir com os cristais de prata e torná-los solúveis em água. Esta etapa é importante porque é necessário retirar qualquer vestígio de halogénio de prata que tenha fica na fotografia para que esta não fique manchada. A quarta etapa é a da lavagem, tem extrema importância pois é desta que se obtém a qualidade e durabilidade de uma fotografia. Durante a lavagem são removidos todos os resíduos químicos presentes na fotografia. A fotografia é lavada em água, depois por difusão, os sais migram do meio saturado para o meio insaturado (água) na procura do equilíbrio químico. É também utilizado o sulfito de sódio para diminuir o tempo de lavagem e aumentar a eficácia da mesma. Na quinta e última fase a fotografia seca naturalmente podendo também serem utilizadas estufas que não podem ultrapassar os 40ºC.
Uma vez revelada, a fotografia não poderá mais ser apagada. No entanto, em processos de revelação precários, é possível que exista manchas e descoloramento no futuro, embora não a ponto de apagarem por completo a imagem.
Por: Catarina Pinheiro